quinta-feira, 1 de julho de 2010

Você é mãe. Campanha do Grupo Cria.

Incrível esse mundo da blogosfera. Não canso de me admirar por tanta coisa legal que leio por aí. (Muitas cosias chatas e sem noção também, mas aí é só não divulgar, não é mesmo? rs).

Visitando o blog da Rô Lippi vi um post dela que levava à Campanha lançada pela Ombudsmãe (blog que já me apaixonei e já to linkando ao meu). Você não é incompetente. Você é mãe.

Sensacional a campanha. Adorei os textos e imagens usadas para divulgar a campanha.

“O Manifesto é apenas um começo de um trabalho que pretendemos desenvolver de reconhecimento da importância da mãe e da família para a construção de uma sociedade mais justa, mais humana, mais responsável.
Ele foi redigido com o cuidado intenso de valorizar a maternidade nos seus diferentes formatos. Nenhum é melhor que o outro. Todas somos mães, fazemos o nosso melhor e queremos ser valorizadas!”

(do Blog Ombudsmãe).

Adoro poder compartilhar aqui iniciativas como essas. Tudo que é bom tem que ser compartilhado, então veja que barato o material da Campanha. Quem é mãe vai entender e se identificar com cada frase.

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Fiquei ainda mais encantada com o texto do Manifesto pelas Mães, que está disponível no site do Grupo Cria. Super me identifiquei!

Vou transcrever aqui pra vocês. É longo, mas VALE MUITO A PENA ler!

MANIFESTAMOS PELAS MÃES

Mãe que dá o melhor de si e convive com a crônica sensação de que nada é o suficiente.

Mãe de carne, osso e vísceras que, ao se perceber humana, sente-se cada vez mais distante do ideal de devoção da Santa Mãezinha. E por isso se culpa.

Mãe que comprou o sabonete com óleos essenciais, o iogurte com fibras, o desinfetante com cloro ativo, a fralda com bloquigel e mesmo assim seu filho não dormiu a noite inteira, seu marido se queixa e sua casa não é o templo limpo, perfumado e livre de insetos que aparece na TV.

Mãe mulher, dona de casa, profissional e amante, que segue passo a passo as dicas das revistas femininas para conciliar seus inúmeros papéis e virar “super”, mas ainda não encontrou sua capa.

Mãe cuja única preparação para a mais dramática mudança da sua vida foi o cursinho da maternidade e, se privilegiada, a decoração do quartinho e a compra do enxoval.

Mãe que vive em uma sociedade que a glorifica, ao mesmo tempo em que a obriga a terceirizar a criação dos seus filhos. Seja por necessidade, independência ou reconhecimento. Como se, em qualquer um desses casos, essa não fosse uma decisão extremamente difícil.

Mãe que se divide diariamente entre a administração do lar e da profissão, encarando múltiplas jornadas que a levam constantemente à exaustão física e emocional.

Mãe que se dedica de corpo e alma ao significativo projeto de criar uma criança, enfrentando um nível de cobrança superior ao de qualquer chefe ranzinza e cliente exigente. 365 dias por ano, 24 horas por dia. E mesmo assim é percebida como alguém que não faz nada. Até por si mesma.

Mãe pobre que, quando opta pelos filhos, é acomodada. Quando rica, é madame. E, quando profissional, é ausente.

MANIFESTAMOS PELA MATERNIDADE

E, portanto, pela liberdade de sentir. De seguir os instintos. De viver em plenitude emoções e sentimentos totalmente femininos. Pois negá-los, seria abrir mão daquilo que faz da mulher, um ser único.

Manifestamos pelo direito de cada mulher escolher o papel que melhor lhe cabe no momento. Sem se sentir pressionada, desmerecida ou julgada pelo que decidiu não ser.

Manifestamos por parir de forma saudável, humana e tranquila e que essa seja uma decisão consciente da mãe. Amparada por uma equipe de profissionais da saúde que a respeitam, orientam, acompanham e zelam pelo bem estar dela e do bebê.

Manifestamos pelo direito de amamentar a cria, sem ser pressionada por profissionais da saúde mal formados ou parentes bem intencionados, a substituir por mamadeira, o alimento que só o seu peito pode dar.

Manifestamos pela aceitação da metamorfose e da mudança de valores que a chegada de uma criança proporciona na vida de qualquer adulto. E pela valorização desta transformação na sociedade, como contraponto para a cultura do egoísmo e da juventude eterna.

MANIFESTAMOS PELO ATIVISMO ANÔNIMO E INCANSÁVEL DAS MÃES

Nas trincheiras domésticas de uma sociedade cada vez mais dominada pelas leis cruéis do mercado.

E apoiamos as mães que questionam. Que boicotam.

Que compram e deixam de comprar. Que sabem o que servem à mesa e o que jogam no lixo.

Que desligam a TV, controlam o videogame e a quantidade de açúcar.

Mães que tentam proteger a infância e não desistem diante do bombardeio de mensagens que estimulam a erotização e o consumo precoces.

Mães que empreendem, que inventam, que abrem mão, que buscam alternativas, que assumem o vazio e a sobrecarga. E promovem viradas.

Mães que brigam por uma escola melhor, mais humana e significativa; pública ou privada.

Que pensam globalmente e agem localmente, casa a casa, família a família.

E que administram seus lares, como se ali começasse a mudança que desejam para o planeta.

MANIFESTAMOS PELA TOMADA DE CONSCIÊNCIA FAMILIAR

Pela valorização do papel da mãe no seio da família e pelo fim das hipócritas tentativas de minimizar a diferença que a presença dela faz.

Pelo reconhecimento da vital importância da maternidade para a humanidade, e por ações sociais e políticas que valorizem e estimulem a atuação da mãe.

Por uma rede de relacionamentos que coloque novamente mulheres de diferentes gerações em contato, reconstruindo referências que foram deturpadas e estereotipadas pela mídia e pela sociedade.

Por mães unidas para estudar, compartilhar experiências e desenvolver novos pontos de vista para este tema milenar, universal e ainda tão incompreendido.

Por uma nova formação familiar, focada no bem estar integral dos seres humanos e não somente no bem estar material.

Por pais que valorizam a tomada de consciência materna, dando sua participação necessária para que ela floresça. Mesmo sem entendê-la completamente.

Por mães que partilhem com seus parceiros as responsabilidades, agruras e alegrias de se cuidar dos filhos, sendo entendido que eles pertecem aos dois, igualmente.

Manifestamos pela ausência de fórmulas, de guias práticos e de respostas prontas, pois cada mulher é livre para buscar seu caminho e desenvolver sua história. No seu tempo, no seu ritmo e na sua individualidade.

Manifestamos pela conciliação de uma maternidade moderna com uma maternidade mais plena.

Manifestamos por você e por nós. Pela Terra e por todos os filhos que dela vieram e ainda virão.


Manifestamos pelas mães!

9 comentários:

  1. Adorei o post!!
    Os Slogans estão perfeitos!!

    Adoro sua iniciativa de divulgar essas coisas bacanas!

    Bjks, Beta

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  2. Nossa, me emocionei e olha que nem sou mãe... mas entendo pq sei o que minha mãe passou e passa pra criar nós filhos bem... e imagina minha mãe que se tonou mãe com mais de 40 anos... com todos as filhas praticmento criadas ela recomeçou... e com um desafio que parecia assustador... hoje temos a oportunidade de ver minha mãe criar um filho mas com a maturidade e idade que temos pra ser mãe... toda mãe fala: quando você tiver seu filho, você vai me entender... há, não precisou não... meu irmão filho já me mostra isso todo dia! Minha mãe é demais e merece todo esse valor! Tô pensando em colocar a campanha no blog do Lu... acho que as mães que passam por lá vão gostar! Adorei a iniciativa e o texto realmente foi muito bem redigido! Parabéns pela iniciativa de compartiçhar... Parabéns por ser uma mãe tão alegre, preocupada, dinâmica e bem humorada! Parabéns pelo Arthur estar tão lindo e bem cuidado! Através do meu parabéns a você, estendo minha apreciação a todas as mães que passam por aqui pq sei que elas merecem ser valorizadas e reconhecidas... beijinhos

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  3. Oi Flávia, me identifiquei e muito com os slogans... ah,se pudéssemos estampá-los em outdoors por aí...

    Grande beijo!

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  4. Que lindooooo!
    Amei!
    bjinhos

    www.conversapramae.wordpress.com

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  5. Nossa que post hem!!!!

    Amei!!! e ia me emocionamdo com cada frase lida, e ao mesmo tempo ficava pensando na maneira como tenho aprendido e tô sempre tentando fazer o melhor para criar o Thiago.

    Também me identifiquei muito, e parabéns pela iniciativa de poder compartilhar esse texto lindo com a gente, obrigada!

    Bjos no Arthur que continua lindo a cada dia que passa.

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  6. chorei qdo vi o manifesto lá no blog do desabafo de mãe.
    assinei e apoiei na hora!
    preciso colocar lá no meu blog
    bjocas
    carol

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  7. Nossa adorei!!
    Gostei de saber q existe pessoas q pensam assim como nós e em nós!
    Posso divulgar no meu blog tb??
    bjus
    Naty

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  8. Eu e Luiza tbm queremos colocar no blog do Lu! Muito legal, parabéns pelo post, amei e me emocionei. Não sou mãe mas sou "irmãe".

    Mãe é mãe, é a melhor pessoa do mundo, faz de tudo pra nos ver feliz!

    Beijos!

    p.s: Te acho muito parecida com a Lúcia Laureanoe seu filhote muito parecido com o dela... :)

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  9. Oi Flávia, prazer em conhecê-la e muito obrigada pelo apoio na divulgação do Manifesto.

    Faço parte do Grupo Cria junto com a Tais e ficamos muito felizes com seu apoio e sua divulgação no seu blog.

    Precisamos começar a dar voz a esses sentimentos comuns, né. E quanto mais assinatura tivermos mais força o manifesto poderá nos dar para valorizarmos a maternidade de fato e conseguirmos fazer mudanças não só dentro das nossas casas, mas também na nossa sociedade. Se puder divulgar o formulário para captarmos mais assinaturas vai nos ajudar muito.
    Obrigada!

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